logo

Sargento comemora 13 anos no Gefron e diz que trabalho é um ‘sonho realizado’


Por Luzia Araújo | Sesp

Sargento comemora 13 anos no Gefron e diz que trabalho é um ‘sonho realizado’

Foto: Lenine Martin

 

O ano era 2003. O desafio, deixar as missões cotidianas da Polícia Militar em Mirassol D'Oeste para se juntar a outros colegas de farda no patrulhamento da fronteira do Brasil com a Bolívia. Mas para o então soldado Antônio Carlos Frazão, o que estava em jogo era a realização de um sonho: trabalhar em uma unidade especializada.

Foi assim que ele aceitou integrar a primeira tropa do Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron), criado em 2002 pelo Governo do Estado. O hoje 3° sargento conta que o convite o deixou muito contente e, por isso mesmo, a mudança de vida não tardou a acontecer. “Já era operacional, porém em uma tropa convencional. Quando surgiu o convite, fiquei eufórico”.

Mas, antes de começar a fiscalizar a fronteira, o sargento teve que se preparar. Foram três meses de capacitação e, em junho, Frazão realizou o seu sonho e começou a atuar no Gefron. “No início, o trabalho era muito difícil na região”, lembrou o sargento. “Na maior parte da fronteira não havia energia”, descreveu.

A forma como os criminosos agiam também chamou a atenção do sargento. “Nas fazendas havia muitos roubos nos quais os criminosos queimavam as propriedades”.

Logo o sargento começou a combater outros crimes que ocorriam na fronteira. “Tráfico de drogas, contrabando, descaminho, roubo de veículos e grilagem de terra eram alguns deles”, citou.

De lá, para cá, Frazão não saiu mais do Gefron. E no dia 13 de março ele completou 13 anos de atuação no grupamento.

Durante esse tempo, o sargento lembra que participou de diversas ocorrências. Mas foram as apreensões de drogas que mais o marcaram. “Fico orgulhoso em saber que muitas pessoas, inclusive pais de família, deixaram de morrer em razão do nosso trabalho realizado na fronteira”, disse Frazão.

O sargento diz ser difícil descrever a emoção de vestir sua farda de operador de fronteira.

“É uma sensação de missão cumprida. Eu vivo disso. Aqui é a minha segunda casa. Sem dúvidas tenho orgulho de ser um operador de fronteira”. 

Gefron

No dia 13 de março, o Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron) comemorou 14 anos de atuação em Mato Grosso. O grupo foi criado com o objetivo de apoiar os órgãos estaduais, federais e municipais responsáveis pela segurança na fronteira entre o Brasil e a Bolívia.

Diariamente, policiais do grupamento realizam operações de prevenção e repressão aos crimes fronteiriços. A atuação contínua é executada também por meio de patrulhamento volante nas rodovias estaduais e federais e estradas não oficiais, além das fiscalizações em postos fixos localizados no Matão (Pontes e Lacerda), Vila Cardoso (Porto Esperidião) e Avião Caído (Porto Esperidião).